Mariane Morisawa
Cena do webisode da série "The Walking Dead" |
Um dos criadores da série de graphic novels em que se baseia "The Walking Dead", Robert Kirkman também é produtor do seriado da AMC, que é exibido no Brasil pela Fox e retoma a segunda temporada a partir da próxima semana. Na entrevista a seguir, Kirkman fala ao UOL sobre as diferenças entre os quadrinhos e a série e sobre a essência da história.
A primeira parte da segunda temporada de "The Walking Dead" terminou num pico dramático que deixou os fãs na ponta da cadeira. Finalmente, chegou a hora de saber o que vai acontecer com o grupo, com os seis episódios que encerram o segundo ano da série, a partir do dia 14, às 22h, na Fox – apenas dois dias após a estreia nos EUA.
UOL - O seriado se afastou dos quadrinhos?
Robert Kirkman - Não acho que os quadrinhos são perfeitos, seria uma visão muito estreita. A televisão é uma mídia colaborativa. Estar numa sala de roteiristas com vários escritores colaborando é muito excitante para mim. É muito legal ver as mudanças. Eu apoio todas as mudanças que estão acontecendo.
UOL - Vamos saber quem é o pai da criança?
Kirkman - Bem, tentando deixar a história tão realista quanto possível, teste de paternidade não é algo que vai estar na floresta, certo? É interessante para mim explorar que há certas coisas que nunca descobriremos, que esses personagens não vão saber, como a origem dos zumbis.
UOL - Gosta de ver os zumbis que criou tornarem-se reais?
Kirkman - Não, não gosto. Vou ser honesto: quando estou no set, não aguento os zumbis porque eles são aterrorizantes! Eu sou molenga! Muita gente acha que, porque fiz esses quadrinhos e trabalho na série, vou adorar os zumbis. Quando eles estão no papel, posso lidar com eles. No set, é horrível.
UOL - A questão da humanidade dos zumbis, se eles devem ou não ser mortos, vai continuar sendo importante?
Kirkman - É a essência do que é o seriado. Eles não são apenas os monstros que querem te comer, são seus amigos e seus vizinhos, e há uma tremenda tragédia nisso. Acho que o sucesso tem a ver com esse fator: uma coisa é você sentir medo de um monstro, outra é sentir pena dele. Nos momentos em que você sente simpatia por aquele que está atacando os personagens, é quando realmente sinto que acertamos.
Fonte: UOL
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